Quando comecei a subir as escadas um arrepio me fez parar instantaneamente,
minhas mãos suavam, e um arrepio que começava dos meus cabelos claros de mais até meus pés delicados de mais, meus olhos que eram grandes e pretos se turvaram diante do enorme meio de transporte.Eu nunca havia voado daquela maneira só em meus pensamentos e com minhas próprias asas que eu adquiri com o tempo.
Ao sentar no banco eu senti um alivio e isso durou pouco pois logo o avião estava no ar, e as nuvens passavam por mim tão rápido e as estrelas pareciam tão perto que seria capaz de tocar se não fosse por um vidro que nos separava, meus pais se sentaram na minha frente isso me dava uma certa liberdade, Laura e Carlos eram protetores de mais e na maioria das vezes me sentia presa aos meus próprios 17 anos como uma borboleta sem suas enormes asas azuis.
Ao chegar no hotel liguei a TV sabia falar muito pouco japonês e arrisquei entender o noticiário enquanto arrumava minhas malas. O assunto era uma lei aprovada pelo governo “nenhum estrangeiro pode passar mais que uma semana no Japão. A não ser que seja registrado legalmente”
-Absurdo!
-Absurdo ou não Sofia, temos uma semana, e vamos aproveitar da melhor maneira possível- disse minha mãe tão chateada quanto eu.Depois do jantar fomos conhecer Tóquio, tenho que admitir embora as luzes e os grandes prédios ofuscarem o brilho da lua...essa cidade é fantástica.Me faz ter pena de não poder pisar nesse chão por mais que sete dias.Andamos muito, conhecemos lugares incríveis e fomos dormir exaustos, mas com um enorme sorriso e uma máquina cheia de fotos.
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